A plenitude da vida, na fase da adolescência, estua e
exterioriza-se, deixando que todos os conteúdos arquivados no inconsciente do
ser passem a revelar-se, em forma de tendências, aptidões, anseios e tentativas
de realização.
Nem sempre esse despertar é tranquilo, podendo, às vezes,
ser uma irrupção vulcânica de energias retidas que estouram, produzindo danos.
Noutras ocasiões pode expressar-se como sofrimento íntimo, caracterizado por
fobias de aparência inexplicável, mas que procedem dos registros
perispirituais, mergulhados no inconsciente, que repontam como conflitos, consciência
de culpa, pudor exacerbado, misticismo, em mecanismos bem elaborados de fuga da
realidade.
Reencarnando-se, para reparar os erros e edificar o bem em
si mesmo, o espírito atinge a adolescência orgânica, vivenciando o transformar
de energias e hormônios sutis quão poderosos, que o despertam para as
manifestações do sexo, mas também para as aspirações idealistas, desenvolvendo
a busca da própria identidade.