Capítulo oitavo: O adolescente e o namoro


Na fase da adolescência, a atração sexual é portadora de alta carga de magnetismo. Surge,
inesperadamente, a necessidade de intercâmbio afetivo, que o jovem ainda não sabe definir.

Os interesses infantis são superados e as aspirações acalentadas até então desaparecem, a fim de cederem lugar a outras motivações, normalmente através do relacionamento interpessoal. Os hormônios, amadurecendo e produzindo as alterações orgânicas, também trabalham no psiquismo, desenvolvendo aptidões e anseios que antes não existiam.

Nesse momento, os adolescentes olham-se surpresos, observam as modificações externas e
descobrem anseios a que não estavam acostumados. São tomados de constrangimento numa primeira fase, depois, de inquietação, por fim, de certa audácia, iniciando-se as experiências dos namoros.

Referimo-nos ao processo natural, sem as precipitações propostas pelas insinuações,
provocações e licenças morais de toda ordem que assolam o mundo juvenil, conspirando contra a sua realização interior.